Privatização parcial da TAAG avança ainda este ano, diz ministro dos Transportes angolano

O ministro dos Transportes angolano, Ricardo de Abreu, disse hoje à agência Lusa que a privatização parcial da companhia de aviação angolana TAAG deverá avançar ainda este ano.
Ricardo de Abreu lembrou que em Novembro de 2018 o Presidente angolano, João Lourenço, aprovou a transformação da TAAG em sociedade comercial (sociedade anónima), em que o plano de abertura de capital da transportadora prevê a abertura a investidores estrangeiros.
“Tínhamos inicialmente perspectivado que esse processo
estivesse concluído em 2021, mas, face um pouco à dinâmica económica e ao que
estamos a fazer do ponto de vista da renovação da frota da própria TAAG, iremos
acelerar este processo para que, ainda ao longo de 2019, possamos ter a
documentação necessária pronta para se iniciar o convite a entidades
eventualmente interessadas na entrada no capital”, indicou o ministro, em
declarações à Lusa no lançamento da extensão da “Operação Transparência para a
Costa Atlântica de Angola”.
A Lusa noticiou em Novembro passado que a privatização
parcial da transportadora aérea estatal angolana TAAG prevê a venda de até 10%
do capital social a outras companhias aéreas, nacionais ou estrangeiras, segundo
o novo estatuto da empresa.
O documento, aprovado por decreto presidencial de 26 de Novembro,
assinado pelo Presidente angolano, João Lourenço, refere que o capital social
da TAAG está avaliado em 700.000 milhões de kwanzas (cerca de 2.000 milhões de
euros), representado por 2.000 milhões de acções ordinárias.
Sobre a polémica em torno do facto de a renovação da frota
da TAAG prever a aquisição de vários Boeing 737 MAX 8, idênticos aos que
estiveram envolvidos nos acidentes com aparelhos da Lion Air (em Outubro de
2018) e, mais recentemente, no dia 10 deste mês, da Ethiopian Airlines, Ricardo
de Abreu disse que até chegarem, em 2022 ou 2023, haverá tempo para que os
eventuais problemas sejam solucionados.
“O processo de renovação da TAAG está em curso e as
negociações com os diferentes fabricantes também, estamos a tentar concluir
esse processo. É óbvio que os aviões 737 MAX 8 estariam em perspectiva de ser
adquiridos pela TAAG, para compor a frota de médio curso, tal como hoje temos
737-700 da nova geração”, afirmou.
“Mas, de qualquer maneira, teremos de aguardar pelos
resultados deste processo de investigação que está em curso sobre o acidente
que, infelizmente, aconteceu na Ethiopian Airlines, e depois o outro da Lion
Air. Acreditamos que estas questões serão superadas. A indústria da aviação já
teve situações equivalentes”, acrescentou.
Para Ricardo de Abreu, porém, “é óbvio” que há melhorias que
terão de ser feitas no modelo da Boeing, “se for essa a conclusão da
investigação”.
“Mas não contamos que haja outro tipo de preocupações. No
plano de renovação da frota da TAAG, independentemente do fabricante, nós
estamos a aguardar a entrada deste tipo de aeronaves um pouco mais à frente, em
2022 ou 2023. Até lá, pensamos que qualquer situação, seja a Boeing seja a Airbus,
estará tratada”, referiu.
O ministro avançou ainda que a TAAG deverá retomar em Abril
os voos entre Angola e Cabo Verde, suspensos em 2016 devido a falta de
rentabilidade.
“Temos o plano para reiniciar a ligação para Cabo Verde
agora em Abril. Já em Abril, iniciaremos em princípio a ligação para o Sal”,
assegurou.
Em Novembro de 2018, os ministros dos Transportes de Angola
e de Cabo Verde assinaram, na cidade da Praia, um memorando de entendimento nos
domínios dos transportes aéreos e marítimos para "definir e consolidar a
cooperação nestes sectores estratégicos para os dois países", prevendo a
retoma das ligações aéreas entre os dois países, provavelmente através de um
sistema de "code-share" com a TACV Internacional.
(PressTUR com Agência Lusa)
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