Turismo de Portugal tem em curso 38 projectos de enoturismo com 60 milhões de euros já aprovados

O Turismo de Portugal tem em curso 38 projectos de desenvolvimento da oferta de enoturismo, com mais de 60 milhões de euros de investimento já aprovados, disse a entidade à agência Lusa.
Segundo o Turismo de Portugal, que a Lusa contactou por ocasião do Dia Europeu do Enoturismo que se comemorou no Domingo, estes projectos centram-se em diferentes vertentes como hotéis temáticos, rotas, enotecas, museus, eventos, adegas, quintas e solares.
O Programa de Acção para o Enoturismo 2019-2021 foi
apresentado, em Março, na Bolsa de Turismo de Lisboa e foi o ponto de partida
"para uma construção partilhada em torno de um tema prioritário" para
o desenvolvimento turístico nacional, recordam.
Desde essa altura, as empresas "têm mostrado muita proactividade
e dinamismo. Foram vários os contactos recebidos por parte de produtores,
empresários e empreendedores, no sentido de apresentarem, presencialmente, os
seus produtos, serviços e ideias de negócio", refere ainda o Turismo de
Portugal, em respostas escritas à Lusa.
Segundo o organismo, muitos dos projectos apresentados
"têm uma forte base digital, permitindo acelerar o processo de
digitalização da oferta enoturística, uma das lacunas do enoturismo
português".
Projectos que, "simultaneamente contribuem para
incrementar e promover a inovação em turismo, um dos objectivos centrais da
Estratégia Turismo 2027 (ET27)", acrescenta.
Em Março, a então secretária de Estado do Turismo, Ana
Mendes Godinho (hoje ministra do Trabalho), afirmou que Portugal tem cerca de
2,2 milhões de visitantes por ano que já têm como motivação principal ou
complementar o enoturismo e gastronomia, que estão muitas vezes associados, e
que os principais mercados emissores destes turistas para Portugal são o Reino
Unido, Brasil, Estados Unidos da América e a China.
Em Março, dizia, existiam em todo o país cerca de 260
unidades de enoturismo.
Do programa de acção anunciado constavam várias linhas de actuação
a desenvolver em articulação com os diferentes actores do sector que se
encontram agora a ser operacionalizadas, ao mesmo tempo que estão também a ser
desenvolvidos Planos de Promoção regionais, em articulação com as Agências de
Promoção Regional, envolvendo as empresas e a oferta de enoturismo de cada
região.
No que se refere "à notoriedade dos vinhos e do
enoturismo português, foram já desenvolvidas ações de divulgação em mercados
externos", com estes produtos a estarem presentes em várias ações de
promoção internacionais em mercados com potencialidade para o enoturismo
português.
Já no primeiro semestre de 2020 vai ser disponibilizada a
plataforma digital PortugueseWineTourism que, segundo o TP, agrega a oferta do
enoturismo nacional, "conferindo-lhe maior escala e notoriedade nos
mercados interno e externo".
O objectivo, acrescentam, é que funcione depois como âncora
na vertente de promoção internacional.
A formação é outro dos focos no desenvolvimento do plano de
acção apresentado, sendo que nesta vertente o programa Enotur vai arrancar em
2020, abrangendo: um Curso Geral de Formação em Enoturismo, Formação
Territorial Temática, Formação e Certificação em Escanção e o 'Cross-Sector
Partnerships'.
O Programa de Acção para o Enoturismo em Portugal assume o
produto 'Gastronomia & Vinhos' como uma prioridade para o desenvolvimento
turístico nacional. "Identificado como um dos ativos presentes na
Estratégia Turismo 2027 (ET27), este Programa pretende valorizá-lo
estrategicamente, acrescentando-lhe valor numa lógica entre setores, contribuindo
para a coesão da atividade turística em todo o país e ao longo de todo o
ano", explica o TP.
Com mais de 190 mil hectares de vinha, 31 Denominações de
Origem Protegida, 14 Denominações de Indicação Geográfica e mais de 500
'players' privados neste segmento, "Portugal, o melhor destino turístico
do mundo e também produtor dos melhores vinhos do mundo, pretende posicionar-se
como um destino de referência mundial no segmento enoturismo", garantem.
Com um investimento previsto, a três anos, de cinco milhões
de euros para ações de promoção e formação, "este referencial estratégico
visa potenciar a venda cruzada entre ‘vinho’ e ‘turismo’, induzir boas práticas
nos agentes do setor, contribuir para a estruturação e valorização de destinos
e rotas de enoturismo e valorizar os territórios vinhateiros", conclui o
TP.
A realização da 5ª Conferência Mundial de Enoturismo vai
decorrer em Reguengos de Monsaraz (distrito de Évora), em 2020, e é promovida
pela Organização Mundial de Turismo (OMT).
(PressTUR com Agência Lusa)
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