Rio Guadiana será navegável entre Alentejo e Algarve em 2021

O projecto para permitir a navegabilidade do rio Guadiana entre Vila Real de Santo António (Algarve) e Mértola (Alentejo) vai custar seis milhões de euros e deverá terminar em 2021, anunciou hoje a ministra do Mar.
"É um dos investimentos mais emblemáticos do Ministério do Mar", porque "promove a navegabilidade do Guadiana" e, simultaneamente, "o desenvolvimento de toda a zona abrangida", afirmou Ana Paula Vitorino, no Pomarão, concelho de Mértola, distrito de Beja.
A ministra falava aos jornalistas após a cerimónia de
assinatura do contrato da empreitada de desassoreamento e assinalamento
marítimo para permitir a navegabilidade do troço internacional do rio Guadiana
entre Alcoutim, no distrito de Faro, e o Pomarão.
A empreitada, que está orçada em 611.925 euros e corresponde
à terceira fase do projecto, vai ser consignada ao empreiteiro e começar
"ainda este mês", deverá durar três meses e "em outubro, em princípio,
estará concluída", disse a ministra.
No âmbito do projecto, a cargo da Direção Geral de Recursos
Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), lembrou, já foram executadas
duas fases, que permitiram tornar navegáveis duas zonas internacionais do
Guadiana, a área entre a entrada da barra de Vila Real de Santo António e a
ponte internacional e o troço entre Vila Real de Santo António e Alcoutim, no
Algarve.
Na cerimónia de hoje, também foi assinado um protocolo entre
a DGRM e a Câmara de Mértola para estudar e encontrar a solução adequada para a
navegabilidade do troço exclusivamente português entre o Pomarão e a vila de
Mértola.
Segundo a ministra, o troço entre Pomarão e Mértola "é
mais complexo" do que os anteriores dos pontos de vista geológico e
ambiental, por estar "inserido numa zona protegida do Guadiana" e,
por isso, a preparação da empreitada "vai demorar um bocadinho mais".
"Esperemos que corra bem" e, assim que houver a
declaração de impacte ambiental, "naturalmente que a DGRM lançará o
concurso público para realização da empreitada" no troço entre Pomarão e
Mértola, afirmou Ana Paula Vitorino, referindo que se prevê que todo o projecto
"esteja concluído até ao final de 2021".
Através do projecto, "estamos a fazer um investimento
total de cerca de seis milhões de euros", que, além das empreitadas de
desassoreamento para garantir a navegabilidade dos troços, inclui trabalhos de
recuperação de pontos de contacto e pequenos acessos ao rio entre Vila Real de
Santo António e Mértola, num investimento de 2,5 milhões de euros, precisou a
ministra.
O objectivo da recuperação de pontos de contacto e acessos é
"permitir um melhor acesso ao rio, mas também um acesso mais digno, mais
simpático e mais atrativo para as populações", explicou.
"O que pretendemos, de facto, é criar condições para
que o turismo se possa desenvolver" na zona do rio abrangida pelo projecto,
frisou, sublinhando que há "todos os condimentos para que se possa
desenvolver o turismo, mantendo com qualidade as atividades que já existem,
nomeadamente a pesca",
Segundo a governante, nos concelhos de Mértola e Alcoutim,
há "condições fantásticas de desenvolvimento de rotas turísticas",
nomeadamente "uma belíssima gastronomia, apontamentos históricos e
culturais de significativo valor, principalmente em Mértola, e paisagens
fantásticas".
"Estamos a trazer o mar até Mértola [no interior
alentejano] e levar Mértola até ao mar com todas as potencialidades que
existem. Portanto, é, de facto, um projecto de inclusão, de desenvolvimento do
interior e fantástico para estas pessoas que aqui vivem e para aqueles que a
vão passar a conhecer", rematou a ministra.
Por abrangerem troços internacionais do rio, as empreitadas
já concretizadas foram financiadas em 75% por verbas do Programa de Cooperação
Transfronteiriça (POCTEP) INTERREG Espanha-Portugal 2007-2013 e a relativa ao
contrato hoje assinado vai ser financiada também em 75% pelo POCTEP INTERREG
V-A Espanha-Portugal 2014-2020.
(PressTUR com Agência Lusa)
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