




O Cairo Copta, o bairro onde se concentram igrejas da segunda maior religião de um país quase 90% muçulmano, é um contraste com o resto da capital egípcia, onde é possível visitar o que se diz ser o esconderijo da Sagrada Família durante a sua fuga para o Egipto.
O nosso guia, Benjamin, explica-nos durante o caminho que a palavra copta era usada originalmente em árabe para se referir aos egípcios em geral, mas passou a referir-se especificamente aos cristãos egípcios depois da maior parte da população se ter convertido ao Islão. O termo é aplicado actualmente sobretudo aos membros da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria.
Os coptas têm um papa diferente dos católicos, que é Teodoro
II de Alexandria, e têm rituais diferentes de outros cristãos, incluindo vários
momentos de jejum ao longo do ano, uma espécie de jejum vegan, em que se abstêm
de comer peixe, carne, ovos, lacticínios e outros produtos de origem animal.
Benjamin conta também que a missa ortodoxa chega a durar
quatro horas e tem uma parte em língua copta, a última etapa da língua egípcia,
uma mistura entre o grego e o demótico.
Ao caminhar pelo bairro, no que foi a área interior das
muralhas da antiga Fortaleza da Babilónia, construída no século VI a.C., da
qual é possível ainda ver as ruínas de uma torre, encontramos uma escada que
nos leva para um nível abaixo da estrada principal, um corredor a céu aberto,
com livrarias e outras lojas, e que nos irá guiar até várias igrejas.
Uma delas é a Igreja de São Sérgio e São Baco, uma das mais
antigas igrejas coptas do Egipto, que começou a ser construída no século IV em
homenagem aos soldados romanos Sérgio e Baco, mártires da fé cristã.
O monumento foi erigido sobre o que se acredita ser o local
onde José, Maria e Jesus viveram durante três meses, depois da sua fuga para o
Egipto, uma construção subterrânea que é possível visitar.
Outro monumento destacado no Cairo Copta é a Igreja
Suspensa, do século IX, que deve o seu nome ao facto de ter sido construída
sobre um dos portões da Fortaleza da Babilónia.
No seu interior sobressai a predominância da madeira escura
trabalhada ao pormenor, nas paredes e no tecto, fazendo lembrar a Arca de Noé
invertida, sustentada por 13 pilares, que representam Cristo e os seus
apóstolos.
Uma das imagens mais conhecidas do monumento é uma pintura
da Virgem Maria, Jesus e São João Baptista, um quadro conhecido como a Mona
Lisa Copta.
Existindo ou não influência divina, o que é facto é que
nesta manhã inteiramente dedicada à religião aconteceu algo que é considerado
quase milagre por aquelas bandas: choveu. Um fenómeno que pareceu produzir
tanta felicidade no Cairo quanto um dia de Sol em Londres.
Este fenómeno meteorológico, porém, não viria a ter tanta
influência na nossa agenda quanto a tempestade de areia que se sentia por essa
altura no nosso destino seguinte, Luxor, impedindo aterragens e descolagens.
A solução foi voar para Hurghada, a estância balnear eleita
para terminar a viagem, e, a partir daí, seguir a estrada para Luxor e viajar
de novo ao tempo dos faraós, conhecer templos gigantescos, colunas e paredes
forradas a hieróglifos, túmulos subterrâneos e outras antiguidades.
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por Luís Canto
O PressTUR viajou a convite dos operadores Solférias e
Soltrópico
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O operador turístico Viajar Tours avança este ano para a sua 11ª temporada de operações charter para Saïdia, um destino que programa todos os Verões desde 2010 e que apenas interrompeu no ano passado, devido à pandemia de covid-19.
O operador turístico Sonhando prolongou até 28 de Fevereiro a sua campanha de vendas antecipadas para férias de Verão na Tunísia, que inclui pacotes de sete noites em regime de tudo incluído (TI) desde 544 euros por pessoa em quarto duplo.
Os operadores turísticos Solférias, Abreu, Soltrópico e Viajar Tours vão voltar este Verão a programar voos charter de Lisboa e do Porto para Saïdia, um destino que no último Verão antes da pandemia, em 2019, chegou a ter seis partidas por semana de Portugal.
O operador turístico Viajar Tours está a promover uma campanha de vendas antecipadas para férias de Verão na Tunísia, que diz ser “um país surpreendente”, com grandes contrastes nas suas paisagens, das “belas praias de areia fina do Mediterrâneo” às “dunas douradas do majestoso deserto do Saara”.
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