






O Cairo, uma cidade à escala de um país, com mais ou menos o dobro da população de Portugal, é um ponto privilegiado para começar a conhecer a diversidade do Egipto, começando pela cultura faraónica, num circuito pelas Pirâmides de Gizé, a Esfinge e o Museu Egípcio.
As primeiras impressões da cidade começam num trajecto nocturno entre o aeroporto e o hotel Conrad Cairo, desde os subúrbios junto ao aeroporto, com casas que parecem ainda estar em construção, mas estão habitadas, até à parte mais moderna da cidade, com as luzes dos hotéis de luxo e dos navios a reflectirem-se no Nilo.
Com as Pirâmides de Gizé em agenda para o dia seguinte,
acordar cedo não custa, mas é preciso dizer que se fosse necessário mais um
incentivo, esse seria o pão egípcio ao pequeno-almoço. Felizmente, acompanhará
não só a primeira como todas as outras refeições de todos os dias da viagem.
De volta à estrada, onde as buzinas não param e duas faixas
de rodagem chegam bem para três filas de carros, começamos a ver as pirâmides
do lado esquerdo, envoltas em neblina, provavelmente causada pela poluição, mas
ainda assim com uma aura mágica.
A imponência da Pirâmide de Quéops causa o primeiro impacto,
não só pelas dimensões, com uma largura de 200 metros e mais ou menos a altura
da Torre Vasco da Gama em Lisboa (145 metros), mas também pelo peso, um peso
que se sente, e que o guia que nos acompanha confirma dizendo que as pedras
mais pesadas têm seis toneladas, enquanto as mais leves têm 500 kg.
Esta é a maior e a mais antiga pirâmide do Egipto, além de
ser a única sobrevivente das sete maravilhas do mundo antigo. A seu lado estão
as Pirâmides de Quéfren e de Miquerinos, a Esfinge e outros túmulos, templos e
pirâmides mais pequenas.
O guia, um egípcio chamado Basem Talaat, que nos surpreende
a falar português e que nos pede para o tratarmos por Benjamin, conta-nos
algumas curiosidades. Diz-nos que estes túmulos gigantes foram construídos para
os faraós por trabalhadores egípcios durante as épocas das cheias, períodos do
ano em que o Nilo alagava os campos de agricultura e não era possível continuar
a trabalhar.
Por outro lado, os egípcios estavam a trabalhar para um
faraó, alguém que consideravam ser a ligação entre o mundo terrestre e o mundo
divino, e, ao fazê-lo, estariam a cair nas boas graças dos deuses.
Outras teorias apontam o trabalho escravo como a única
possibilidade de construir tamanha obra, mas também há defensores de que foram
construídas por alienígenas, de tão complexa que é a construção e de tão
difícil que terá sido o transporte das pedras.
Independentemente das teorias, há uma explicação prática que
indica que as inundações provocadas pelo Nilo chegavam ao planalto de Gizé,
onde estão as pirâmides, o que facilitou o transporte das pedras para a sua
construção.
As pedras foram cortadas e empilhadas, mas para que ficassem
coladas, foram molhadas com água, o que, segundo Benjamin, com o calor, poeira
e a humidade acabou por resultar num efeito semelhante ao que acontece quando,
ao lavar a loiça, metemos um copo molhado dentro de outro.
Fazem parte da experiência de visitar as pirâmides o
expectável movimento de turistas e de vendedores de várias coisas, de
miniaturas de pirâmides e esfinges, ou mesmo de passeios de camelo.
Mas é preciso destacar a grande quantidade de pessoas que
vemos de costas para as pirâmides, de braços abertos para o alto e mãos
voltadas para baixo, a segurar qualquer coisa no ar enquanto sorriem, estando
presumivelmente a posar para uma fotografia em que, tendo êxito, parecerá que
estão a segurar as pirâmides pelo topo.
Figuras semelhantes acontecem junto à Esfinge, a famosa
estátua com corpo de leão e cabeça humana, onde vemos pessoas inclinarem-se
para a frente a esticar os lábios para aquilo que, em casos de sucesso, será
uma foto a beijar a estátua.
A Esfinge, que recebeu este nome dos antigos gregos devido
às semelhanças com uma das suas criaturas mitológicas, representa Quéfren,
filho de Queóps e pai de Miquerinos, os três faraós que ordenaram a construção
das três Pirâmides de Gizé.
Sobre o nariz partido da Esfinge, há teorias que acusam
Napoleão, outras que acusam militares britânicos em treinos de tiro ao alvo. O
que não há é consenso...
Para continuar a ler clique:
Do legado de Tutancamon à quietude de um passeio pelo Nilo
por Luís Canto
O PressTUR viajou a convite dos operadores Solférias e
Soltrópico
Para ver mais clique:
Egipto, um destino para muitos sonhos
O operador turístico Viajar Tours está a promover a sua campanha de vendas antecipadas para férias de Verão em Djerba, na Tunísia, com voos de Lisboa e do Porto.
O operador turístico Sonhando anunciou ao mercado a sua programação para férias São Tomé até 20 de Março, com voos STP Airways e sete noites de alojamento a partir de 879 euros por pessoa em quarto duplo.
Escrever comentário