Inglaterra suspende chegadas de Portugal para travar "estirpe brasileira"

O Governo britânico anunciou hoje que vai suspender as chegadas a Inglaterra de passageiros de voos procedentes de Portugal, Cabo Verde, Brasil e outros países, para tentar impedir a entrada da "estirpe brasileira" do SARS-CoV-2.
"Tomei a decisão urgente de proibir chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela a partir de sexta-feira após informação sobre uma nova variante no Brasil”, anunciou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, através da rede social Twitter.
As viagens de Portugal para o Reino Unido também serão
suspensas "devido às suas fortes ligações com o Brasil, funcionando como
mais uma forma de reduzir o risco de importação de infeções”.
Desta decisão estão isentos os transportadores que viajem a
partir de Portugal para permitir a circulação de bens essenciais e também aos
cidadãos britânicos e irlandeses e nacionais de países terceiros com direito de
residência, que poderão entrar no país, mas cumprir quarentena de 10 dias.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinha revelado
na quarta-feira estar preocupado com uma nova estirpe originária do Brasil do
SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, e admitiu tomar medidas para impedir
a sua entrada no Reino Unido.
"Estamos preocupados com a nova estirpe brasileira. (…)
Já temos medidas duras para proteger este país de novas infeções vindas do
estrangeiro. Estamos a tomar medidas para fazê-lo em relação à estirpe
brasileira”, afirmou, durante uma audição com a Comissão de Ligação, composta
pelos presidentes das diferentes comissões parlamentares.
O chefe do Governo britânico disse que ainda existem “muitas
dúvidas" sobre a estirpe, incluindo se ela é resistente às vacinas, tal como
não se sabe em relação à "estirpe sul-africana".
Johnson respondia a uma pergunta do antigo ministro da Saúde
Jeremy Hunt, que referiu que a nova estirpe terá sido discutida na terça-feira
pelo Grupo de Aconselhamento sobre Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes
(NERVTAG), o grupo de cientistas que aconselham o Governo a propósito da
pandemia covid-19.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de
investigação médica da América Latina, confirmou na terça-feira a identificação
e circulação de uma nova estirpe do novo coronavírus originária do estado
brasileiro do Amazonas.
Esta semana, o Ministério da Saúde do Brasil já tinha
confirmado que o Japão identificou em quatro viajantes provenientes do Brasil a
nova estirpe, que possui doze mutações, incluindo a mesma encontrada em
variantes já identificadas no Reino Unido e África do Sul, o que implica um
maior potencial de transmissão do vírus.
A identificação de uma nova estirpe mais infecciosa no Sul
de Inglaterra levou o Governo britânico a impor restrições mais duras antes do
Natal e dezenas de países a suspenderem voos a partir do Reino Unido ou a
exigir testes antes do embarque.
Em 24 de Dezembro foi a vez de o Reino Unido proibir voos
diretos com a África do Sul e a entrada de passageiros que tenham estado no
país africano nos 10 dias anteriores devido ao risco apresentado por uma nova
estirpe do SARS-CoV-2 identificada pelos cientistas sul-africanos, também
considerada altamente infecciosa.
Na semana passada, estas restrições foram alargadas a vários
países africanos, como Angola e Moçambique, por terem ligações com a África do
Sul.
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