Maior navio de cruzeiros do mundo é gerido por um português

O director de hotel de um navio de cruzeiros é responsável por praticamente tudo o que não é conduzir o navio, e no caso do maior do mundo, o Symphony of the Seas, essa responsabilidade é do português Fernando Jorge.
“Tudo o que não é conduzir o navio ou estar na sala das máquinas, é [responsabilidade] do director de hotel”, disse Fernando Jorge ao explicar as suas funções em conversa com jornalistas durante a viagem de apresentação do novo navio da Royal Caribbean à imprensa, que se realizou entre 27 e 29 de Março, de Málaga a Barcelona.
Reportam a Fernando Jorge 11 directores, das áreas de comida
e bebida, limpeza, piscinas, informática, inventário e logística, serviço ao
cliente, financeiro e entretenimento.
Ao todo são 2.759 camarotes que podem receber até 5.518
hóspedes em ocupação dupla ou até 6.680 hóspedes em ocupação máxima. Conseguir
criar todas as condições para que os hóspedes tenham a experiência proposta
pela companhia “é difícil”, assume Fernando Jorge.
“Temos sete dias de cruzeiro. As pessoas saem entre as 7h e
as 9h e às 10h30 temos mais 6.500 pessoas a entrar no navio. Ter processos e
assegurar que os empregados seguem esses processos e mantermos o nível de
treino necessário é complicado. Mas consegue-se. Temos a operação a funcionar
24h por dia”, explicou.
Estar no mar também compreende outros problemas: “se houver alguma
situação que é normal em hotéis, como alguma inundação ou alguma coisa desse
género, é completamente diferente lidar com isso dentro de um navio. Num hotel
em terra consegue-se recorrer a serviços externos e aqui não se consegue. Temos
os nossos próprios recursos. [Em terra] na pior hipótese pode enviar-se a
pessoa para outro hotel. Aqui não temos essa possibilidade”.
A tecnologia, porém, facilita a gestão “a todos os níveis”.
A nível de segurança e de combate a incêndios, por exemplo, “a tecnologia é
muito avançada”, salienta Fernando Jorge. “Podemos saber a temperatura de
qualquer sala do navio em tempo real”.
A inovação tecnológica também está ao serviço da experiência
dos hóspedes, acrescentou o director, revelando que a companhia está a
desenvolver uma nova app em que os clientes podem fazer o check-in antes da
data de partida e assim acelerar o processo de entrada no navio, além de
poderem reservar espectáculos, actividades, refeições e excursões.
Há cerca de 15 anos na Royal Caribbean, Fernando Jorge já
visitou 68 países. Exerce as funções de director de hotel há cinco anos, tendo
passado pelos navios Vision of the Seas, Radiance of the Seas, Serenade of the
Seas e Harmony of the Seas.
Sobre o novo navio, Fernando Jorge salienta que “proporciona
experiências diversas às pessoas”, têm onde descansar e têm onde fazer a festa,
“há para todos os gostos e para todas as idades”.
Ter muita oferta de actividades a bordo é um factor
importante na construção do navio, destaca o director, para sublinhar que, como
causa ou efeito dessa oferta, raramente ficam menos de mil passageiros a bordo
durante as escalas, mesmo nos portos mais procurados.
Sobre a gastronomia, Fernando Jorge também destaca a
diversidade, mas lamenta que ainda não exista um restaurante de comida
portuguesa.
É comum haver hóspedes portugueses a bordo e para eles é
sempre um orgulho encontrar um português a trabalhar no navio, conta ainda
Fernando Jorge, revelando que a 7 de Abril, na viagem inaugural do Symphony of
the Seas, vão estar cerca de 130 passageiros portugueses.
O PressTUR visitou o Symphony of the Seas a convite da
Melair, representante da Royal Caribbean em Portugal
Ver também:
Symphony of the Seas “é uma experiência de férias” – Francisco Teixeira
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Comentários
Ricardina santo
Adorei podes mim arranja trabalho como camareira
08-04-2018 (14h08)
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