


O primeiro-ministro, António Costa, anunciou as novas medidas para combater a pandemia de covid-19 em Portugal, que entram em vigor na sexta-feira, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário.
"A partir das 00h00 de dia 15 de Janeiro volta a vigorar em Portugal o dever de recolhimento domiciliário", frisou o primeiro-ministro, no final do Conselho de Ministros desta quarta-feira, no Palácio da Ajuda.
"Não há cansaço que nos permita assumir esta dor colectiva
de continuarmos a ter mais de uma centena de mortes por dia. Não é aceitável e
temos de parar isto", disse António Costa, citado pela agência Lusa.
"A mensagem fundamental" sobre as novas medidas é "regressar
ao dever de recolhimento domiciliário", tal como em Março e em Abril, quando
foi possível travar com sucesso a primeira vaga, frisou o governante.
A excepção às medidas adoptadas no início da pandemia é que as
escolas vão manter-se abertas "em pleno funcionamento".
Os equipamentos culturais voltam agora a ter de encerrar e o
teletrabalho volta a ser obrigatório sem necessidade de acordo entre entidade
patronal e trabalhador e dispensado o acordo de qualquer deles.
O presidente da AHP - Associação da Hotelaria de Portugal considera “lamentável” que, vistas as limitações impostas, o Governo não tenha decretado o encerramento dos hotéis para que pudessem aceder ao regime de lay-off simplificado.
O Aeroporto de Lisboa, que em 2019 se debatia com falta de capacidade para tanto tráfego, em 2020, com a pandemia de covid-19, teve uma quebra para uns escassos 9,26 milhões de passageiros, pouco mais do que teve só no Verão de 2019 (9,19 milhões).
Os hospitais em Portugal nunca tiveram tantos doentes internados com covid-19 como esta quinta-feira, com 4.560, incluindo 622 em unidades de cuidados intensivos.
O quarto trimestre, que já por si é um período de época baixa da aviação no Hemisfério Norte, no ano passado até foi de agravamento da quebra induzida pela pandemia de covid-19, com o decréscimo der passageiros nos aeroportos portugueses geridos pela ANA/Vinci a situar-se 7,4 pontos acima da quebra média no ano.
O Governo vai reabrir a linha de crédito com garantia do Estado para as empresas mais afectadas pelo novo confinamento, disponibilizando para já 400 milhões de euros, disse o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira.
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